As transformações no cabelo durante e após a gravidez

Cerca de 85% das mulheres sofrem de queda de cabelo no pós-parto. Durante a gravidez, devido à série de hormônios que estão em atividade nesse período, os cabelos dão a impressão de estarem mais sedosos e volumosos. Eles realmente estão. O problema é que, passada a gestação, todos aqueles fios que por 9 meses tiveram seu ciclo prolongado – demorando mais para cair e aumentando, assim, o volume de seu cabelo – irão partir em retirada dentro de 1 ou 2 meses após o parto.

Mas calma, isso é natural e, em geral, não há motivos para preocupação. São alterações hormonais do próprio organismo e 6 ou 7 meses depois do parto seu cabelo deverá voltar à quantidade que o caracterizava, sem que seja necessário  intervir. É fato que as mulheres costumam notar mais a perda do que o ganho de fios. Ainda assim, se o problema está te incomodando ou se os meses estão passando e seu cabelo não está voltando ao volume normal, alguns tratamentos podem ser feitos.
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É comum a queda de cabelo vir acompanhada de deficiência nutricional. Pode estar faltando vitaminas, ferro e proteínas ao seu corpo, afinal, basta o bebê nascer para muitas mães descuidarem da alimentação balanceada e se preocuparem com o retorno da forma física. Nesses casos, um nutricionista pode ajudá-la a repor os nutrientes perdidos. Shampoos e loções com princípios ativos que controlem a oleosidade também funcionam como antiquedas. Como tratamentos de estímulo capilar – como que dizendo aos fios “fiquem exatamente onde e como estão” – há o peeling e as massagens no coro cabeludo.
Para aquelas que têm predisposição genética à calvície, a gestação pode ser o ativador da queda dos fios, funcionando como um gatilho. Nestes casos, é muito difícil que o volume do cabelo seja 100% restituído após a gravidez, mesmo com os tratamentos. Além da gestação, a primeira menstruação e a menopausa também são momentos em que pode ocorrer esse disparo. Para estas mães, existem tratamentos mais profundos e que geralmente surtem efeito a longo prazo, além das medidas já comentadas.
Uma nova tecnologia que vem dando muito certo, de acordo com a especialista Dra. Leila Bloch, é o laser de baixa potência. Ele é indicado para quem tem tendência ao afinamento dos fios, e não costuma apresentar efeitos colaterais, podendo ser feito inclusive durante a gestação e amamentação, sempre sob a orientação de um especialista, claro. Alguns métodos de tratamento para a queda capilar devem esperar terminar o período de amamentação para serem utilizados – em especial os que fazem uso de hormônios -, como os medicamentos antiandrógenos e o procedimento da intradermoterapia, que consiste em aplicações por meio de puncturas no couro cabeludo, em um número de 20 a 30. As sessões geralmente são feitas a cada 3 semanas e, além da manutenção para problemas de calvície, podem ser utilizadas também como método de resgate para as recém-mães, que devem fazer de 3 a 5 sessões no total.
Com medidas básicas e cotidianas dá, sim, para prevenir o aumento exagerado da queda capilar. Mas, repetimos, este é um processo natural do organismo que, se estiver relacionado a uma gestação e alimentação saudáveis, deverá cessar espontaneamente. Fique atenta para o caso de isso não ocorrer e não hesite em recorrer à Pais & Filhos!
Consultoria: Leila Bloch, filha de Neide e Francisco, é médica dermatologista e cirurgiã capilar. Ela compõe o corpo clínico do Hospital Albert Einstein e dirige a Clínica Bloch, especializada em atendimentos clínico e cirúrgico para o tratamento da calvície.
Fonte: Revista Pais & Filhos
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