Governo muda as regras para as cesarianas

Governo muda as regras para as cesarianas. Resolução pretende aumentar o número de partos normais e o acesso das futuras mães a informações do médico e hospital.

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Trazer um bebê ao mundo está diferente a partir de hoje. Pelo menos se a decisão da mãe for pela cesariana. Isso porque começam a valer nesta segunda-feira, 6 de julho, as novas regras do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a realização de partos na rede particular de saúde.

 

Com o objetivo de impulsionar a fiscalização de médicos e hospitais pelas operadoras e reduzir a quantidade de cesarianas no país – hoje em torno de 55,6%, considerando a rede pública e a particular – a resolução determina que os planos de saúde entreguem à gestante um cartão com o registro de todo o pré-natal e liberem a quantidade de cesáreas realizadas por médico e hospital em até 15 dias, desde que solicitado pelas futuras mamães. A multa para quem não respeitar o prazo será de R$ 25 mil.

 

Além disso, os médicos terão de preencher um partograma, com a evolução do trabalho de parto, e a gestante que insistir na cesárea terá de preencher um termo de consentimento.

 

O ginecologista, obstetra e autor do livro “Gestação – Mitos e Verdades”, Domingos Mantelli, está disponível para entrevistas. Ele pode explicar a diferença dos tipos de parto e posições do bebê e comentar a necessidade da cesariana e se este tipo de parto pode ser humanizado, dentre outros assuntos.

 

Cesariana em números – Do total de partos realizados pelos planos de saúde, 84,6% são cesáreos. No Sistema Único de Saúde (SUS), a porcentagem é de 40%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o tipo de nascimento represente apenas 15% do total em todo o Brasil, considerando possíveis casos de risco à mãe ou ao bebê, para que sejam diminuídos casos de infecções e acidentes anestésicos, por exemplo.

 

 

Sobre Dr. Domingos Mantelli

Dr. Domingos Mantelli é ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e Pós-Graduado Residência Médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição.

 

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